terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pelas veias do som: percorre a emoção!


Por: Bianca Cabral Blank

Em casa, nas reuniões em família, sempre estava acostumada a assistir aos jogos futebolísticos.

Então quando fui à primeira vez ao estádio Morenão, a principio comecei a observar que os torcedores estavam com rádios, celulares, smartphones nas mãos. Não conseguia entender por que todos estavam com estes acessórios.

Assisti ao jogo, também com um fone ligado ao meu smartphone , e acompanhei todos os lances da partida por meio da narração do meu esposo naquele dia.

Claro que um dia fui ao estádio, e não levei meu acessório de ouvinte torcedor. Como uma pessoa que pouco entendia dos jogos, só escutava as balburdias que vinham da torcida.

Gritos de gol, vaias - hum, - vai fulano, - juiz ladrão, e o som  da charanga, que embalam os gritos de guerra do torcedor. E assim, variados sons se misturavam pelo estádio.

E eu, neste momento precisamente não entendia muito bem o que estava acontecendo. Naquele dia fiquei frustrada, só sabia mesmo quando havia feito um gol devido os gritos da galera. Normalmente me perdia, até mesmo quanto ao time que havia feito o bendito gol.

Não sabia quem havia recebido cartão amarelo ou vermelho. Quem fez o gol, quem recebeu passe de quem, e nem o nome do árbitro e seus auxiliares para poder xingar.

Naquele dia entendi a importância do acessório do torcedor!

Ao assistir um jogo, em um estádio, amigo e amiga, torcedor e torcedora, nunca esqueçam seus acessórios.

Pois por eles transmitem-se a emoção do jogo, o entendimento sobre a partida, a relação do time com a rodada e as próximas rodadas.

O fulano que deu passe para o ciclano fazer gol, o goleiro Beltrano que engoliu um frango. E aquele senhor, com apito na boca, cheio de pose, que expulsou o craque do time, e ainda deixou de marcar um gol para seu time.

E ainda mais, você fica sabendo os nomes dos bandeirinhas que anularam um gol, que deixa assim a vontade de xingar!

Com a minha ida ao estádio, passei a compreender a estrutura que era montada para realização de uma partida de futebol. Bem como os respectivos profissionais envolvidos, dentre eles destaco, os narradores, os comentaristas, os repórteres, dentre outros.

Eles que dão vida ao jogo. Por eles, estas informações chegam até você.

Um grito de gol, com sua trilha sonora. A entrada dos jogadores embalados por seus hinos. A vibração da voz do narrador em cada lance. As análises dos comentaristas e repórteres trazem verdadeiramente a emoção ao jogo.

Então, amigo e amiga, torcedor e torcedora, que vão ao estádio pela primeira vez, leve seu radinho, seu celular, seu smartphone.

Leve ao estádio o seu acessório de emoção!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MEU LANCE COM O FUTEBOL: A SAGA CONTINUA

Por: Bianca Cabral Blank


Sei que escrever uma continuidade de um texto, livro e filme, não é tarefa das mais fáceis. Mas vou tentar nestas “mal traçadas linhas”, dar outro contexto ao meu lance com o futebol. Talvez soe de início contraditório, mas contribuiu a final, sobre o meu entendimento atual das emoções contidas neste esporte bretão.

Minha família “Cabral”, sempre festiva, claro que incentivadas pelos meus saudosos avós que já não sem encontram entre nós, Cabral e Olívia, buscavam sempre um motivo para reunir todos, sejam familiares ou “agregados”.

Só para termos uma ideia, uma vez meu avô furou um poço desnecessário, já que a casa tinha água encanada. Todo final de semana era uma festa só, churrasco, bebidas, alegria, música e poço sendo furado, claro que um processo realizado em doses homeopáticas.

Sei que foram meses com esta alegria, até que surgiu a água, e os homens envolvidos em todo o processo de escavação, se embebedaram com aquela primeira que surgira, uma água suja que fluiu do poço.

Depois que minou a água, o trabalho acabou, e o poço foi aterrado, tendo assim um tempo de duração bem pequeno.

Ai é claro, uma nova busca começava para se ter um motivo de reunião para reunir toda galera novamente.

Assim, como tudo era motivo de alegria, de festa, imaginem como eram as copas do mundo de futebol? Não é difícil de imaginar!

Era óbvio, um ótimo motivo de festa, todos se reuniam, pintávamos bandeiras no chão e na parede, estendíamos bandeirolas em cores verdes e amarelas. Há cada 4 anos havia  toda uma preparação, como se fosse um ritual religioso.

Nunca vou esquecer-me da copa que ocorreu, no México, 1986, que fizemos até camisetas amarelas alusivas á copa daquele ano, era um homem sentado, tirando uma pestana (cochilo) embaixo de seu grande “sombreiro” que protegia sua cabeça do sol.

Naquela época, a festa começava antes, com o bolão, que rolava solto para todos os participantes.

Aquela balburdia risos e gritos durante os jogos da Seleção Canarinho continuara depois do jogo terminar, muitas vezes com a participação de uma carreata, até a Avenida Afonso Pena, e assim os torcedores campo-grandenses se encontravam para comemorar as vitórias do selecionado brasileiro.

Então, todas as copas que seguiram sempre eram cheias de festa, portanto, talvez a minha relação com o futebol não tenha sido tão assim, pelas “portas dos fundos”. Já que me envolvia de corpo e alma nestes momentos.

O futebol para minha família assim como imagino seja para a maioria dos leitores e internautas, são momentos de união.

E agora em 2014, duas famílias festivas se agrupam: Cabral & Blank para a nossa copa do mundo no Brasil. E que venha a festa e a alegria. Rumo ao Hexa Brasil.

sábado, 4 de janeiro de 2014

MEU LANCE COM O FUTEBOL

Por: Bianca Cabral Blank

Bianca Cabral Blank - cronista e fotógrafa esportiva 

Minha relação com futebol começou pelas “portas dos fundos”, o que podemos assim supor, não foi muito boa a experiência inicial.

Bem, como toda a carioca, que veio aos 6 anos de idade para Campo Grande, trazia na bagagem um time de coração, o de estrela única, meu querido Botafogo, mas devo afirmar que nunca o acompanhei.

Ao ter meu 1º casamento, encontrei pela frente fervorosos torcedores por times de renome nacional e regional.

A partir daí meu relacionamento foi péssimo com o futebol, assim como é para várias mulheres que conheço. Não entendia a paixão que extravasava do coração daquelas pessoas, naquela época amarga, o futebol só foi motivo de discussão, mau humor, principalmente de minha parte.

Agora confesso, depois de um casamento desfeito, fui logo me envolver (paquerar, namorar, noivar e casar) com um jornalista, “ESPORTIVO”. Pensa eu que construí por 13 anos, um ódio mortal pelo futebol.

Nossa que conflito então surgiu “- ele me chamava, vamos ao estádio”, eu dizia por algumas vezes, “- ai depois eu vou, outro dia eu vou”, mas “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, chegou o dia. E eu fui.....

Os times que jogavam não me lembro, só sei que foi no ano de 2011, no campeonato de 2011. Infelizmente não adquiri ainda a memória de muitos jornalistas, torcedores e dirigentes dos clubes, que sabem, dia, hora, mês, ano nome de jogador que fez o gol pelo seu time. 

Aquele dia foi interessante, pois meus sentidos estavam aguçados, na audição, os gritos e a festa da torcida, cada momento do jogo era marcante. Engraçado que enquanto os torcedores chegavam, apesar da quantidade grande no dia, o silêncio a principio era quase sepulcral, mas não durava muito não, pois a festa começava antes mesmo dos jogadores adentrarem o campo.

Ainda em relação aos sentidos, os cheiros eram marcantes, a pipoca com queijo, ia longe levar o sabor do espetáculo ali montado.

Mas, em um dos jogos que fui, ficou claro a vibração por um time. O Morenão estava bem cheio, e camisas coloradas se faziam presentes em todos os espaços da arquibancada.

Nossa que dia, foi nele que entendi um pouco da paixão dos torcedores, do empenho dos jogadores e do trabalho dos jornalistas, repórteres, narradores que ali estavam, que aqui devo enaltecer se esforçam e muito para o futebol do estado, principalmente dos times da capital não esmorecer.

Neste dia todos meus sentidos foram aguçados, meu braço arrepiou, cantei com a torcida comercialina, e ai ocorreu meu lance com o futebol.

Devo dizer, que não entendo muito bem, das regras, das funções dos jogadores, mas senti na pele a paixão, o “ópio do povo”, como bem meu esposo sempre falava para mim.

Então, amigos e amigas, meu compromisso, percebi é de tentar aos poucos entender o futebol e suas regras, mas principalmente contar, narrar as emoções dos apaixonados pelo futebol de Mato Grosso do Sul.